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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A polêmica fotografia que valeu um prêmio Pulitzer e uma vida


A fotografia retratada neste artigo foi tirada em 1993 pelo fotógrafo sul-africano Kevin Carter, no Sudão/áfrica.
Naquele momento, o país passava uma intensa guerra civil gerada por fadicais islâmicos que privavam sua população de gêneros básicos para a sua sobevivência, como comida e água. A assustadora imagem de um menino desnutrido, quase sem forças, à espera da morte, enquanto um abutre ao fundo aguardava pacientemente por seu banquete, deu a v olta ao mundo chocando a sociedade e principalmente a opinião pública.
A fotografia publicada pelo jornal The New York Times valeu a Carter o prêmio Pulitzer daquele ano, mas pode-se dizer também que valeu a sua vida. Da mesma maneira que foi elogiado por sua incrível imagem, o fotógrafo foi comparado ao faminto e voraz abutre. Como poderia uma pessoa se aproximar tanto a uma cena como essa, fotografá-la e desaparecer do local, sem fazer nada?
Na busca pela verdade dessa história, nos deparamos com duas versões factíveis e com um mesmo final. A primeira, que  Carter retratou a horripilante cena que aconteceu perto de um acompamento de ajuda humanitária da ONU e esperou chorando no local por 20 minutos, para que o animal voasse dali, fato que só aconteceu após ele mesmo espantar o abutre para longe da criança e abandonar o local posteriormente.
Durante o ano seguinte, Carter foi acusado pela imprensa e sociedade de “predador” e equiparado ao vil abutre. O próprio tabloide americano colocou na noite de sua publicação um call center para atender a todos os telefonemas de leitores indignados pela fotografia e uma nota no dia seguinte que dizia que a criança tinha força suficiente para fugir do abutre e que seu destino final era desconhecido. 
A outra versão encontrada foi que Carter aproximou-se da menina que estava defecando em uma área destinada a isso, ao lado do acompamento. Em sua fotografia, recortou apenas o que lhe interessava mostrar, a  menina e o abutre, que  era mais um dentre os muitos animais que ali estavam pra se alimentar das fezes humanas. O fotógrafo mostrou ao mundo o que estava acontecendo naquele país, porém, vale lembrar que quem ao final acabou colocando significado àquela imagem foram os espectadores ocidentais de onde a foto foi publicada, e não ele.
O final da história desse triste retrato é o ponto de coincidência das duas versões. Aos 33 anos, depois de ter sido atormentado pela sociedade por sua fotografia, que mostrava ao mundo a realidade de um local perdido e desamparadeo na África; por não poder superar a morte de seu grande amigo fotógrafo Ken Oosterbroek, em uma explosão de granada em seu país no mesmo ano,  e pelo alto consumo de drogas pesadas, Kevin Carter conectou uma mangueira ao escapamento de seu carro e morreu asfixiado pelo monózido de carbono.
A nota deixada no banco do passgeiro pelo fotógrafo dizia: “Cheguei em um ponto da vida em que a tristeza supera a alegria... Sou perseguido pelas lembranças de cadáveres, assassinatos, raiva e dor...
Pelas crianças feridas ou famintas... pelos homens loucos com o dedo no gatilho, muitas vezez policiais carrascos... Se eu tiver sorte, vou me juntar a meu amigo Ken”.
De qualquer forma, as crianças famintas permanecem até hoje jogadas à própria sorte nos países subdesenvolvidos, e os abutres também. Apenas Kevin Carter não estará ali para fotografá-los.

Aírton Porto: Texto e foto retirados da revista Fotomania, Case Editoral.


2 comentários:

Lamentável atormentar quem é capaz de sair do comodismo e denunciar! A foto ganhou o prêmio porque foge do óbvio, das criancinhas loirinhas e felizes no parquinho. Kevin Carter ganhou um prêmio Pulitzer , mas isso importa tanto a ponto de esquecermos o que ele fotografou? Existem muitas crianças iguais a essa, mas os acusadores de Carter preferem agir como abutres e devorá-l0. Por que não se indignaram com o fato de tantas crianças morrem assim? Vai entender o comodismo do ser humano.

Hipócritas
Vejo como é fácil criticar as pessoas, o caso de Kevin Carter e só mais um de muitos que fazem as coisas com o intuito de mostrar as pessoas o que realmente acontece ao redor, indiferente que seja no bairro, cidade ou no caso dele que mostrou ao mundo a triste realidade.
Claro, as perguntas feitas a ele por muitos são fáceis, criticas julgar até mesmo condenar é muito, mas muito fácil, mas quantas vezes pessoas se deparam com situações onde se pode ajudar o próximo e simplesmente não a fazem, não serei hipócrita, já aconteceu até comigo, sou humano e falho, mas muitas vezes me arrependo por não ajudar.
Diga-me? Quantos que viram ajudaram????
Quantos que criticaram doaram algo ou até mesmo se comoveram e fizeram algo comunitário ou pelo menos refletiram de sua própria vida cômoda?
Acredito que poucos. Os reportes que bombardearam de perguntas será que fizeram a diferença? Devem ter mudado o modo de viver, fazem ações comunitária doações........
Meu recado a todos nós humanos falhos, que erram e sente fome, dor, alegria, tristeza e que tem sentimentos, todos agiram de uma forma ao ver uma situação, tem gente que num acidente de transito para seu carro e tenta ajudar, outra nem desse do carro, mas liga para a emergência, outros nem desce, pois fica mal por ver a aflição de uma pessoa após um acidente ou até mesmo ver sangue acaba passando mal. E tem aqueles que veem e pensa dane-se não e comigo e estou com pressa...... Não é de minha ossada isso ou coisa do tipo.....
A vida é assim, temos que ser fortes, pois mesmo que fizemos algo nunca agradaremos a todos, e sempre terá alguém para criticar.
Mude e ajude se puder se não pode ajudar pelo menos não atrapalhe.......

Claudio.




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